O glamour de Hollywood foi abalado por uma das disputas legais mais explosivas dos últimos anos envolvendo duas estrelas muito queridas: Blake Lively e Justin Baldoni. O conflito teve início em dezembro de 2024, quando Lively formalizou uma queixa contra Baldoni junto ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia, acusando-o de assédio sexual durante as filmagens do filme It Ends With Us, que Baldoni também dirigiu.
A acusação ganhou grande repercussão ao ser divulgada pelo renomado jornal The New York Times através da jornalista Megan Twohey, em um artigo intitulado "'We Can Bury Anyone': Inside a Hollywood Smear Machine", que detalhava como Baldoni teria tentado destruir a reputação de Lively após as denúncias. Em resposta, Baldoni entrou com um processo de difamação contra Blake, seu marido Ryan Reynolds, e o próprio jornal, pleiteando indenizações milionárias de US$ 400 milhões contra Lively e US$ 250 milhões contra o New York Times.
O caso, que envolve questões complexas de liberdade de expressão e direito à privacidade, foi analisado por um juiz federal em Nova York, que rejeitou a ação de difamação de Baldoni, alinhando-se às proteções legais contra processos conhecidos como SLAPP (Strategic Lawsuit Against Public Participation), usados para intimidar quem denuncia irregularidades.
Enquanto isso, as equipes jurídicas das estrelas — Michael Gottlieb representando Blake e Bryan Freedman defendendo Baldoni — têm trocado ações judiciais e acusações, mantendo o caso sob os holofotes da mídia internacional. Blake Lively inclusive apresentou uma versão ampliada de sua queixa original, com "evidências significativas e corroborantes" que reforçam suas alegações.
Outro ponto de destaque foi a menção de Ryan Reynolds, marido de Blake, que apesar de tentar minimizar a situação com aparições públicas, como no especial de aniversário do SNL, foi criticado pela defesa de Baldoni, que enfatizou a determinação em buscar responsabilização completa pelo ocorrido.
O desenrolar do processo está marcado para uma audiência decisiva em 9 de março de 2026, no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, sob a supervisão do juiz Lewis Liman, que terá papel fundamental na condução do caso.
Para os fãs brasileiros de cinema e TV, essa disputa vai muito além das telas, expondo as tensões reais que podem ocorrer nos bastidores de grandes produções e chamando atenção para temas sensíveis como assédio e o poder das mídias na construção de narrativas públicas.
Com o sucesso estrondoso de It Ends With Us, baseado no best-seller de Colleen Hoover, a polêmica envolvendo seus protagonistas promete um desfecho que pode impactar não só suas carreiras, mas também as discussões sobre ética e justiça em Hollywood.