O Dia da Consciência Negra, celebrado anualmente em 20 de novembro, mantém-se em evidência nas redes sociais e na programação audiovisual do Brasil, impulsionando uma onda de produções que abordam a temática afro-brasileira com profundidade e diversidade. Essas obras têm papel fundamental na ampliação do debate sobre racismo, protagonismo negro e valorização da cultura afro-brasileira, conquistando cada vez mais espaço junto ao público brasileiro.
Entre as produções que ganharam destaque neste ano, a série documental Resistência Negra, disponível no Globoplay, é apresentada pelos músicos Djonga e Larissa Luz. Idealizada pelo jornalista Ivanir dos Santos, a série percorre a história da resistência negra no Brasil desde o período da escravidão até os dias atuais, tratando de temas como aquilombamento, trabalho, educação, política e religião, trazendo à tona a ancestralidade e a luta por direitos.
Outra minissérie documental que chama atenção é Para Onde Vamos?, que destaca o ativismo de mulheres negras brasileiras na política e na sociedade civil, com personagens como Anielle Franco e Áurea Carolina. A produção é parte do plano Premium do Globoplay e reforça a importância da representatividade feminina negra no cenário político e social.
Para quem busca uma abordagem mais leve, a série de comédia Mister Brau, protagonizada por Lázaro Ramos e Taís Araújo, celebra o sucesso e a ancestralidade de um casal negro de artistas, promovendo a cultura preta com humor e afirmação.
Além disso, o documentário Sankofa – A África que te Habita, disponível no YouTube, conduzido pelo fotógrafo César Fraga e pelo historiador Maurício Barros de Castro, percorre países africanos para mapear as rotas do tráfico transatlântico e aprofundar a compreensão da ancestralidade afro-brasileira.
A programação da TV Brasil, a partir da semana do Dia da Consciência Negra, também reforçou o protagonismo negro com uma seleção de filmes representativos, como O Beijo no Asfalto (1981), Tia Ciata (2016) e o documentário Gilberto Gil – Tempo Rei (1996), exibidos em horários nobres e acompanhados por conteúdos especiais na Rádio MEC e na Rádio Nacional, ampliando o alcance das narrativas negras.
Nas plataformas de streaming, filmes brasileiros como Cabeça de Nêgo (2021), que aborda racismo e mobilização estudantil em uma escola pública no Ceará, e Doutor Gama (2021), que conta a história do abolicionista Luiz Gama, são destaques que permitem reflexões sobre a realidade negra contemporânea.
Eventos formativos também têm movimentado o cenário audiovisual, como o projeto Novembro das Artes Negras na Bahia, que oferece capacitação para jovens e adultos na produção audiovisual, fortalecendo a representatividade e a diversidade por meio da formação técnica e artística.
Por fim, o público pode conferir no Cinema São Luiz, em Pernambuco, a exibição da série Pretas da História e do episódio piloto de História de Preta, obras que celebram a trajetória e a identidade negra brasileira, com entrada gratuita.
Em suma, o Dia da Consciência Negra em 2025 destaca-se não só pela importância histórica da data, mas também pela força das produções audiovisuais que, seja por meio do entretenimento, documentários ou ações formativas, ampliam o entendimento e o respeito pela cultura afro-brasileira, conquistando espaço de destaque nas redes e nas telas brasileiras.