Após o lançamento do trailer de Eddington, novo filme de Ari Aster estrelado por Joaquin Phoenix, o ator norte-americano virou assunto nas redes sociais brasileiras. O longa, que retrata uma pequena cidade no Novo México durante a pandemia de COVID-19, gerou repercussão não apenas pelo suspense e humor negro característicos do diretor, mas também por reacender discussões sobre os paralelos entre a crise sanitária nos Estados Unidos e o que o Brasil viveu nos últimos anos.
O trailer mostra Phoenix como um xerife que, ao tentar manter a ordem em Eddington, se vê diante de conflitos sociais, teorias conspiratórias e tensões políticas exacerbadas pelo isolamento e medo. Uma cena emblemática mostra um grupo de moradores discutindo sobre a origem do vírus, enquanto outros personagens compartilham vídeos nas redes sociais, refletindo o clima de desinformação e polarização que marcou o período.
No Brasil, o trailer viralizou especialmente entre usuários que viram nos diálogos e situações retratadas uma espécie de espelho para o que aconteceu por aqui. Nas redes, comentários como “Isso aqui parece o Brasil em 2020” e “A gente também teve prefeitos e governadores em guerra” se multiplicaram, mostrando como o tema ainda está vivo na memória coletiva.
Além de Phoenix, o elenco de Eddington conta com nomes como Pedro Pascal, Emma Stone, Austin Butler e Amélie Hoeferle, além de Luke Grimes, Deirdre O’Connell, Micheal Ward, Clifton Collins Jr. e William Belleau. O filme estreia nos cinemas brasileiros em 18 de julho de 2025, após sua estreia mundial no Festival de Cannes.
Para o público brasileiro, o longa promete não apenas entretenimento, mas também uma reflexão sobre como a pandemia afetou as relações sociais, políticas e emocionais. O humor ácido e o suspense psicológico de Ari Aster, já conhecidos por obras como Midsommar e Beau Is Afraid, parecem ter encontrado um terreno fértil para provocar debates e emoções fortes.
Com o Brasil ainda lidando com as consequências da pandemia, Eddington chega como um filme-trovão, capaz de gerar tanto polêmica quanto empatia. E, claro, Joaquin Phoenix, sempre à frente de papéis intensos, volta a ser o centro das atenções – desta vez, não só pelo talento, mas por representar um momento que muitos brasileiros ainda carregam no coração.