O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho e estrelado por Wagner Moura, foi eleito o melhor filme de 2025 pela prestigiada The Hollywood Reporter. A escolha, anunciada recentemente, gerou enorme repercussão em portais brasileiros como G1 e Omelete, reacendendo o orgulho nacional pelo cinema tupiniquim em um ano marcado por produções internacionais pesadas.[1][3]
A revista americana elogiou o longa como uma "obra-prima sui generis", permeada por "humor absurdo, reflexões sobre história e memória, correntes emocionais intensas, cores vibrantes e um profundo amor pelo cinema". Wagner Moura, no papel de Armando (ou Marcelo, conforme algumas fontes), foi destacado como "em sua melhor forma", concorrendo também ao prêmio de Melhor Ator ao lado de nomes como Oscar Isaac, em Frankenstein, e Michael B. Jordan, em Sinners.[1]
Ambientado no Recife de 1977, durante os anos finais da ditadura militar brasileira, o filme segue um ex-professor universitário que retorna à cidade natal para reencontrar o filho caçula, correndo riscos em meio à repressão política. O thriller neo-noir histórico mistura tensão, tecnologia como ferramenta de controle e crítica ao autoritarismo, temas que ecoam até hoje no Brasil.[2][3]
A trajetória de O Agente Secreto é de dar inveja. Estreou em 18 de maio de 2025 na competição principal do Festival de Cannes, recebendo 13 minutos de ovação em pé. Foi o filme mais premiado do evento: Wagner Moura levou o prêmio de Melhor Ator (o primeiro brasileiro na história), Kleber Mendonça Filho ganhou Melhor Direção (o segundo brasileiro após Glauber Rocha em 1967), além do Art House Cinema Award e o FIPRESCI Prize.[2]
No Brasil, o sucesso é estrondoso: até 8 de dezembro de 2025, acumulou 963.740 ingressos vendidos e faturou R$ 22 milhões, superando Bacurau como o maior sucesso de Mendonça Filho nas bilheterias nacionais. Distribuído pela Vitrine Filmes, segue em cartaz nos cinemas, atraindo famílias, cinéfilos e quem curte um papo sobre memória histórica.[2][3]
O elenco é um show à parte, com talentos brasileiros como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Alice Carvalho, Roberto Diógenes e Hermila Guedes. Há ainda o alemão Udo Kier em seu último papel, antes de falecer no final de 2025, em colaboração com Mendonça após Bacurau.[2][3]
Para Wagner Moura, atuar em português após oito anos foi "libertador", como ele contou em entrevista ao The Hollywood Reporter no TIFF 2025. Kleber, que escreveu o roteiro por três anos, compara a democracia brasileira de então e agora, enfatizando a importância da memória cultural em tempos de ataques à arte.[4]
A cereja do bolo: o filme é o representante oficial do Brasil para Melhor Filme Internacional no Oscar 2026, sonhando com a segunda estatueta brasileira após Cidade de Deus. Portais como G1 destacam essa esperança, enquanto o Omelete celebra o top 10 da Hollywood Reporter, que inclui Pecadores de Ryan Coogler e Frankenstein de Guillermo del Toro.[1][3]
Esse reconhecimento internacional valida o cinema brasileiro em um momento crucial. Para os fãs no Brasil, é mais que um filme: é um grito de resistência, embalado por cores vibrantes e atuações impecáveis. Corra pros cinemas ou fique de olho no streaming – O Agente Secreto está conquistando o mundo e o coração dos brasileiros![1][2]